A Bolsa de Valores, onde se comercializa ações, e o Tesouro Direto, onde se comercializa títulos públicos, alcançaram um patamar recorde: 1 milhão de investidores.
Segundo dados da B3, a Bolsa paulista, enquanto o mercado de ações alcançou 1.046.244 de CPFs cadastrados em abril, os títulos públicos do governo federal atraíram 1.006.547 investidores pessoa física.
Uma combinação de três fatores para essa corrida: a taxa de juros na mínima histórica, a expectativa com a reforma da Previdência e o esforço dos bancos e corretoras para atrair clientes para opções além da velha poupança. Apesar de dados animadores quanto à evolução na educação financeira do brasileiro, ainda há 117 milhões de aplicadores na caderneta de poupança.
Digo sempre aqui que quem investe em poupança é desinformado, preguiçoso e pobre.
Pobre de educação financeira.
Sim, porque não há justificativa para se aplicar em algo que, a priori, rende menos que outra aplicação com o mesmo risco.
Por que não aplicar em Letra Financeira do Tesouro, que rende a taxa SELIC, para aplicar em algo que rende 70% da SELIC, que é o rendimento, nesse momento, da poupança?
Aplicadores da poupança, saiam da zona de conforto, leiam mais, atualizem-se, pois o preço da ignorância financeira é a pobreza permanente.
E lembrem-se: o mais surdo é o que não quer ouvir, o mais burro o que se recusa a aprender.
Renato Follador
Especialista em Previdência e Finanças Pessoais
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